Corpo humano poderá servir de carregador ambulante
Corpo humano poderá servir de carregador ambulante
VESTÍVEIS
Falta de carga na bateria se tornará coisa do passado se depender desta tecnologia
Já saiu de casa e esqueceu o carregador e quando viu o smartphone já estava pedindo carga? Já pensou no tanto de eletricidade que está em volta e não poder carregar por ter quebrado ou emprestado para alguém? Talvez num futuro próximo isso não seja mais problema.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Nacional de Singapura elevou o conceito de carregamento sem fio a outro patamar. Eles desenvolveram uma rede corporal que pode carregar dispositivos eletrônicos, compartilhando uma carga que é conduzida pelo corpo. O grupo partiu do princípio de que já é possível transferir dados e eletricidade através dos tecidos do corpo humano, e aprimoraram para que o corpo pudesse se tornar uma rede.
A equipe conseguiu carregar até 10 dispositivos diferentes por meio da carga de apenas 1 equipamento que serviu de fonte para os demais, graças ao fato de cada transmissor e receptor também funcionarem como repetidor, ampliando a área de cobertura da recarga. Desta forma, o corpo não será um power bank, mas uma malha de carregamento, conduzindo carga entre entre dispositivos.
Tal tecnologia poderá salvar vidas, podendo fornecer energia para equipamentos vitais ligados ao corpo, como marca-passos, bombas de insulina, monitores de frequência cardíaca, entre outros dispositivos relacionados à saúde. Assim, caso a bateria acabe em um momento inoportuno, esta tecnologia poderá dar uma sobrevida de mais algumas horas e preservar a saúde e bem-estar do paciente/usuário.
Ambiente cheio de energia
Além de transmitir entre os dispositivos em contato com o corpo, os pesquisadores também buscaram converter a energia do ambiente em uma forma de carregar os equipamentos que estão vestidos. Isso é possível pois o ambiente, especialmente os de escritório e comerciais, contam com diversos aparelhos que geram ondas eletromagnéticas, que podem ser convertidas em energia elétrica e serem distribuídas no corpo.
Esta tecnologia poderá facilitar a produção de eletrônicos vestíveis, reduzindo a necessidade de contarem com baterias, barateando projetos e reduzindo-os de tamanho. Se aliado a mais projetos semelhantes, poderá fazer com que o corpo além de conduzir, absorver e converter energia, possa recarregar por meio de geração através de calor e movimentos.